sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

FUNCIONALISMO EM LINGUÍSTICA


O Funcionalismo tem por função pensar a função das palavras nos momentos de comunicação/interação. Claramente, nos momentos em que haja diálogos entre dois ou mais atores.

O PONTO DE VISTA TEÓRICO

Em âmbitos funcionais, esta escola descarta o pensamento saussuriano - aquele que considerava a língua como uma forma, preso a isso e nada mais - e também o discurso. Assim, o objeto de análise do Funcionalismo é a linguagem em uso aquém ao processo de interação verbal. A escola funcionalista adere ainda formas distintas de pesquisa, descartando novamente os "modos" de Saussure - já que tudo era baseado no saussurianismo.
Adicionando-se ao grupo dos ramos "veteranos" da Linguística - Sociolinguística, Análise do Discurso, Linguística Textual, Análise da Conversação, etc. - o Funcionalismo não é uma escola recente, pois faz "junção" com a Escola Linguística de Praga, na França, fundada em 1926. Dentro desta escola francesa, surgiu o Círculo Linguístico de Praga, uma espécie de grupo de estudos que reunia estudantes de Praga em discussões sobre a Linguística.
Pioneiro na teoria Funcionalista, Roman Jakobson foi o responsável por estender a noção do funcionamento da língua/linguagem - noção esta que antes retia-se à escola Estruturalista - e de outras funções que consideram os falantes numa dada interação. As funções para Jakobson seriam de ordem emotiva, conotativa, fática, referencial, poética e metalinguística. Estas funções seguiam um esquema proposto pelo próprio Jakobson: numa situação de interação existe um emissor, que transmite uma mensagem através de um canal (a língua), há um receptor, que recebe a mensagem transmitida através de um referente.

Para fins, o que é de real importância para os funcionalistas são:
  • a linguagem como um instrumento de comunicação e interação social;
  • a língua baseada em seu uso real como objeto de estudo.
Essas concepções nos remetem a conclusão de que para os funcionalistas a linguagem é somente um ferramenta que só pode ser explicada com base em funções comunicativas e de interação, pelo fato da própria linguagem capacitar-se a se moldar a função que exerce.

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