segunda-feira, 30 de agosto de 2010

AS ESCOLAS

Para início de conversa, convém dizer que a Ciência Linguística passou por várias fases, as quais atribui-se o nome de "Escolas". Citarei aqui duas destas escolas de foco importantíssimo que ajudou de uma forma ou de outra na "criação"  e no reconhecimento da Linguística como uma ciência.


GRAMÁTICA GERAL



A Gramática Geral foi a primeira a evidenciar os estudos linguísticos - antes desta, a linguagem era vista apenas como algo útil que auxiliava na compreensão da filosofia e da literatura.
Tendo como "criador" Port-Royal, através da Gramática Geral a linguagem passou então a ser vista como algo que reflete o pensamento humano - designada naquela época como "espelho do pensamento". Era ainda baseada em lógicas propostas pela matemática, onde tudo que fugisse à lógica não era tido como linguagem. Nesta época, tinha-se como o grande foco de estudo o sujeito e o predicado, em outras palavras,  o nominal e o verbal.

LINGUÍSTICA HISTÓRICA


A Liguística Histórica surgiu logo após aos estudos da Gramática Geral, com o intuito de se opor e apresentar novas teorias acerca da linguística. Esta escola obteve percussão tão grande que foi dividida em duas "correntes": Comparatista e Neogramáticos.

CORRENTE COMPARATISTA -  GRAMÁTICA COMPARADA

Os estudos da Gramática Comparada teve como principal objetivo - além de se opor à Gramática Geral - comparar (como o próprio nome já diz) tanto línguas arcaicas como línguas modernas européias com o Sânscrito - o qual é (quase) considerado como Língua Mãe, primeira língua, etc.
Uma das teorias criadas pelos comparatistas foi a da "Tese de Declínio da Línguas", teoria esta que defendia que as línguas não eram um começo e nem um meio, mas sim um 'fim'. Era vista como um 'fim' pelo fato de acreditarem que o espírito humano moldava-se a língua, na perspectiva de expressar o pensamento de si próprio. Com isso, desenvolveram ainda três subdivisões para a língua:
  • Línguas Isolantes: Havia nesta a impossibilidade de distinguir os elementos do léxico dos elementos gramaticais, o que impedia qualquer tipo de análise.
  • Línguas Aglutinantes: Havia distinção entre elementos lexicais e elementos gramaticais, porém, estes elementos não seguiam nenhuma regra específica, as palavras se formavam sem obedecer nenhuma regra.
  • Línguas Flexionais: Há a distinção entre elementos lexicais e elementos gramaticais. Tem a capacidade de flexionar-se, ou seja, permite-se criar novas palavras a partir de uma palavra primitiva (com o uso de afixos, por exemplo) e obedece a Regras de Formação de Palavras e Regras de Análise Estrutural - RFP's e RAE's respectivamente (dados morfológicos).

NEOGRAMÁTICOS

Digamos que é "menos complexa" em relação a Escola Comparatista, pois para os Neogramáticos as línguas se modificavam apenas levando em consideração a organização interna que cada uma possuia. Assim, a única explicação que possuiam para a modificação linguística era a variação histórica, resumidamente, a língua se modifica juntamente com as alterações da história.




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